Notas de Rodapé.

Quando o amor insistiu, eu me rendi. Me rendi as remotas possibilidades de encontrar vida onde antes, eu só via monotonia. Me livrei dos medos de ser natural, de despertar as impressões certas para as pessoas erradas. E fui eu. Eu do seu lado, coberta de expectativas que pulsavam desejos de encontrar algum caminho que não fosse um engano; eu, na melhor parte de mim, por nós. Eu, com a cara amassada, o cabelo despenteado e o maior sorriso do mundo, esperando o meu milagre particular. Você curou os meus traumas 'irreparáveis', expulsou o passado e o futuro e me deixou levitar sobre o presente. Você me deu motivos pra acreditar que o incerto pode ser o mais certo e o errado quase sempre é o que mais vale a pena. E os arrepios que eu sentia não eram mais por medo de amanhecer um dia nebuloso e vazio; eram pelo choque de sensações que nossas mãos entrelaçadas e nossos olhos em simetria me causaram. Tem um universo de pequenas coisas sussurando delírios nos meus ouvidos, tramando armadilhas pra me envolver ainda mais. E eu sei que vou. "Eu espero que inventem uma máquina ou teoria capaz de medir o desperdício de nós dois".

Trechos das músicas "Música sem Nome" e

"Drama" da banda Tópaz,

que ultimamente me influenciam muito, rs.