Aqui dentro.

Eu nunca aceitei a grandiosidade do sentimento. É contraditório sentir falta de um amor que nem chegou a existir. A gente ensaiou, fez planos e não teve tempo de cumprir as promessas. É, não foi amor. No ápice da minha insistência e fantasia, eu ainda acredito que amor não acaba. Quando a gente mal consegue se olhar, será que ainda existe alguma coisa pra ser dita? Eu não sei, e as vezes prefiro ignorar os fatos e disfarçar minha tristeza em sorrisos comprados que tem me feito acreditar nas minhas próprias ilusões. Eu não amei, mas me tornei dependente. Da gente. Do que éramos e do que seríamos, talvez. Prometi não tentar entender e só sentir. Sentir cada ponto de interrogação carimbado no meu olhar. Eu queria ser o seu ponto forte, quando o seu ponto fraco fosse atingido. Eu queria ser o mais, quando você tivesse o menos. Afinal, quando é que sua vida foi ficar tão longe da minha? Eu te deixei ir, antes que eu te pedisse mais uma vez pra ficar. É incosequentente, incoerente e permanece aqui, sem data pra expirar.