sábado, 26 de dezembro de 2009

Pontes Indestrutíveis

"Viver, viver e ser livre
Saber dar valor para as coisas mais simples,
Pois só o amor, constrói pontes indestrutíveis."


Por um momento a gente tenta entender a essência da vida. Só porque é fim de ano, só porque é Natal, e só porque falar em espiríto natalino virou moda, como qualquer coisa que enobrece o ser humano perante os seus semelhantes. Meu pensamento vagou por lugares indevidos. Mais um desses filmes da vida inteira que vez ou outra tomam conta da gente; Me lembrei de tempos atrás. Tempo onde tudo ainda parecia fazer algum sentido, mesmo que não fosse preciso buscar sentido em nada. Época que eu acreditava em todas as pequenas tradições que nos ensinam desde sempre. Tempo, onde tudo era mais fácil e sincero. E eu, que nunca fui de me entregar a nostalgias a toa, tento entender porque quando se é criança, quer se ser adulto. E porque quando se é adulto se dá tantos conselhos pra que os pequenos não deixem a infância passar logo. Se eu costumasse ouvir minha mãe naquela época, no meu 10º aniversário não teria pedido maquiagem, ao invés de bonecas como eu fazia todos os anos. Teria aproveitado um pouco mais a geração Nintendo antes de implorar por um PlayStation. Teria cortado o cabelo de mais algumas Barbies e caçado tatuzinhos no jardim por mais algum tempo. Se eu pudesse, teria feito qualquer outro pedido, e nunca desejado um só dia crescer, ser adulta e poder resolver meus problemas sozinha. Se eu pudesse voltar atrás, teria escolhido o caminho mais longo, teria sido criança até os 15 e teria cultivado a inocência, a pureza e a esperança um pouco mais. Mal sabia eu, o quanto essa rotina de viver num mundo onde tudo tem padrão, qualquer palavra tem peso e qualquer olhar tem julgamento, é chata, estressante e triste. No andar da carruagem a gente até descobre o lado bom, ou o menos ruim. Mais nada é tão prazeroso como não ter preocupações e fazer o que tem vontade, sem ter que esperar um milhão de palavras pesarosas e olhares julgadores para te acompanhar. Mais é, é Natal. Voltando ao presente, olhei tudo a minha volta. Meus pais, meus irmãos, minha família reunida, a mesa farta, a casa cheia. Cena rara. Recuperei as sensações que a tanto tempo não sentia e entendi o verdadeiro significado de felicidade. É bom saber que ainda existem motivos pra sorrir, e é melhor ainda saber que alguns laços são tão fortes, que não se soltam. É a maravilha da vida. São como pontes, onde cada uma das pontas está presa a um alicerce: de um lado o amor e de outro a união. Presente de Deus. Pontes indestrutíveis.

Um comentário:

  1. Sinceramente, ñ sou adepto a estasa festas natalinas....muito hipocresia e falsidade o ano inteiro para muitos - ñ todos - colocarem uma máscara na cara e uma coroa de anjinhos qnd chega o Natal...

    Infelizmente, muitas vezes somos obrigados a seguir paradigmas, mas torço para que muitos sejam quebrados.

    Anjo, mesmo se em algum instante não houver tantos motivos para sorrir, invente um, nem que seja um desastre...um minuto triste são 60 segundos sem FELICIDADE!!! Pense nisso.

    Estou lhe seguindo aqui também...obg pela presença no fatoSempalavras.

    Será que eu poderia contar com a sua presença em nossa comunidade - sim, esta tb é sua já que escreves .

    http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=96229629

    Incontáveis abraços.

    ResponderExcluir